Mauremys leprosa
Mauremys leprosa
Machos: 189mm de comprimento.
Fêmeas: 212mm de comprimento.
Recém-nascidos: carapaça circular com 20mm de comprimento.
O cágado-comum habita cursos de água com corrente fraca ou em massas de água dulciaquícolas ou de baixa salinidade como albufeiras, represas, pauis, lagoas e charcos, não ocorrendo acima dos 1000m de altitude. Para regular a sua temperatura interna necessita de ter acesso a locais com boa exposição solar, mas também com vegetação aquática para proporcionar sombra.
Hábitos diurnos. Nas zonas mais frias entra em hibernação e, nas zonas mais quentes, permanece activo todo o ano. No entanto, nos meses mais quentes, pode estivar enterrando-se no fundo da massa de água onde habita.
A cópula ocorre geralmente dentro em água, podendo por vezes ocorrer em terra. Inicia a época reprodutiva no final da Primavera e por vezes no Outono, sendo que a postura ocorre habitualmente em Junho e Julho. São enterrados 1 a 10 ovos num buraco com 15cm de profundidade escavado em terra pela fêmea.
A maturidade sexual é atingida pelos machos aos 4 anos de idade (85-95mm de comprimento) e as fêmeas, mais tardiamente, entre os 6-7 anos (138-150mm de comprimento).
O cágado-comum tem uma dieta diversificada podendo alimentar-se de algas, plantas aquáticas, invertebrados, anfíbios (larvas e adultos) e peixes. Cumpre uma importante função na cadeia trófica, já que constitui alimento para diversos animais, como a lontra, javali, raposa e outros carnívoros, bem como para aves como garças, cegonhas e rapinas.
Presente no Norte de África, Península Ibérica e em determinados locais no Sul de França. Em Portugal é autóctone, distribuindo-se continuamente pelo interior do país, desde o Parque Natural de Montesinho até sul do Tejo. Salientam-se, pela sua importância, as bacias do Guadiana e as sub-bacias do Tejo e Douro. Ausente nas bacias hidrográficas a norte do Mondego, com a excepção das sub-bacias rio Douro localizadas no interior.
Portugal: LC (Pouco preocupante)
Espanha: VU (Vulnerável)
Global (IUCN): Espécie não catalogada
Directiva Habitats: Anexos II e IV
Convenção de Berna: Anexo II – espécie da fauna estritamente protegida
A carapaça é oval, comprimida dorso-ventralmente, cinzenta esverdeada ou castanha com manchas claras e difusas. O pescoço e as patas anteriores apresentam linhas alaranjadas, geralmente mais evidentes nos juvenis e, exibe uma mancha laranja ou amarela em cada lado da cabeça. A face ventral (plastrão) é esverdeada ou amarela com manchas pretas simetricamente distribuídas e está ligada diretamente à face dorsal. Apresenta uma quilha médio-dorsal na região anterior e posterior. Possui dedos diferenciados, unhas fortes e membranas interdigitais.
Os juvenis têm coloração amarela intensa na cauda e pescoço e escamas e quilha bem definidas.
Nos machos, a região ventral da carapaça, ou plastrão, é côncava, enquanto nas fêmeas é plana ou ligeiramente convexa. As fêmeas são maiores do que os machos.
Podem viver até 35 anos.
Tambem conhecido por cágado-medirerrâneo.
A carapaça surge frequentemente com sanguessugas, algas e bactérias, conferindo-lhe um aspecto degradável que dá origem ao nome da espécie (leprosa – de leproso).
Descubra as espécies…
Descubra as espécies…