Cyprinus carpio
Cyprinus carpio
Pode atingir 120 cm de comprimento e 20 kg de peso.
Os ovos medem aproximadamente 1,3 a 1,7mm de diâmetro.
Presente em habitats de água com fraca corrente e vegetação aquática abundante, como cursos de água, albufeiras, lagos, charcos, etc. Tolera águas salobras, com baixo teor em oxigénio e gosta de zonas com 1 a 5 m de profundidade.
A carpa agita o fundo em busca de alimento, causando perturbações nos sedimentos e turvação na água.
Por vezes, pode vir à superfície para respirar.
Durante as épocas mais quentes e frias refugia-se nos fundões.
Atinge a maturidade sexual aos 4 anos de idade. A reprodução, que decorre entre Abril e Junho, ocorre preferencialmente em locais pouco profundos e com vegetação aquática abundante. A desova dá-se no início da Primavera e Verão, com a deposição dos ovos pegajosos na vegetação aquática e 5 a 8 dias depois dá-se a eclosão.
É uma espécie omnívora, tem rotas definidas para alimentação e usa a sucção para apanhar as presas. Ingere sobretudo insectos, crustáceos, ovos e larvas de anfíbios e peixes, mas também plantas e algas.
Os alevins alimentam-se de plâncton.
Em todos continentes em que foi introduzida, a carpa contribuiu para a redução da qualidade da água e degradação de habitats aquáticos.
O hábito de agitar o fundo em busca de alimento, constitui uma importante fonte de perturbação para os habitats, comunidades bentónicas de macroinvertebrados, vegetação subaquática enraizada, macrófitas, berçários de peixes nativos, bem como origina alterações na qualidade da água através da libertação de nutrientes e de partículas em suspensão (turvação).
A carpa reduz consideravelmente a biodiversidade dos habitats, nomeadamente a redução de macrófitas e macroinvertebrados causa perturbações na restante cadeia trófica e ecológica e origina declínios na biodiversidade de peixes nativos, anfíbios, etc.
Como tolera salinidade, turvação, águas pouco oxigenadas e alguma poluição aquática, consegue prosperar em habitats degradados nos quais os peixes nativos não conseguem.
A carpa é originária da Europa Oriental e Ásia Ocidental, tendo sido introduzida na Europa Ocidental por volta do século XII. Durante a Idade Média expandiu-se pela Península Ibérica.
Na actualidade, está presente em quase todas as bacias hidrográficas de Portugal, sendo menos frequente nas bacias situadas a norte do Rio Douro.
Espécie classificada como invasora de acordo com o Anexo I do Decreto-Lei 565/99 de 21 de Dezembro.
A carpa é um peixe com corpo alongado e escamas grandes, cabeça triangular, olhos pequenos, lábios grossos e possui a boca proeminente com um barbilho em cada lado. A barbatana dorsal é longa e raiada. Possui o dorso acastanhado esverdeado, flancos dourados e ventre amarelado.
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