Procambarus clarkii
Procambarus clarkii
Atinge 15 cm de comprimento.
Presente em habitats de água doce como albufeiras, lagoas, charcos, rios e ribeiras. Suporta uma grande variedade de condições de temperatura e salinidade.
O lagostim-vermelho-do-Louisiana está mais activo durante o crepúsculo.
Consegue escavar túneis e enterrar-se no solo.
Para crescer o lagostim-vermelho-do-Louisiana descarta a carapaça e permanece escondido dos predadores durante o período de desenvolvimento da nova.
Atinge a maturidade sexual rapidamente, consegue reproduzir-se com facilidade e em grandes números.
Tem o ciclo de vida mais curto do que a espécie nativa de Portugal, o lagostim-de-patas-brancas, conferindo-lhe uma importante vantagem nos habitats invadidos.
Trata-se de uma espécie oportunista que possui uma alimentação muito variada que inclui desde matéria vegetal como algas e plantas (herbívoro), detritos variados (detritívoro) até macroinvertebrados, crustáceos, peixes, ovos, larvas e adultos de anfíbios (predador).
Por vezes alimenta-se de indivíduos da mesma espécie.
Devido à grande diversidade de alimento que ingere e elevada tolerância a variações de temperatura e salinidade, é uma espécie muito adaptável às condições existentes das massas de água que habita.
O lagostim-vermelho-do-Louisiana causa graves impactes negativos na vida animal e vegetal nos habitats que invade e passa rapidamente a ser a espécie principal. Compete ferozmente por habitat, alimento e por predação com espécies nativas de lagostins (em Portugal com o Austropotamobius pallipes ou lagostim-de-patas-brancas), contribui para a redução de macrófitas, invertebrados, anfíbios e peixes e causa alterações na cadeia alimentar dos habitats aquáticos. Em suma, diminui a biodiversidade dos habitats.
Actua como veículo transmissor do fungo Aphanomyces astaci, endémico da América do Norte, responsável pelo forte declínio das populações de lagostins europeus (família Astacida), dado que morrem semanas após a infecção, já que não possuem defesas naturais contra o fungo.
Devido à actividade escavadora, causa alterações na hidrologia e nos solos, incluindo a perda de água em arrozais, reservatórios, etc., com implicações negativas para as culturas produzidas.
Esta espécie exótica e invasora é nativa da América do Norte.
Actualmente está presente em diversos países europeus, incluindo Portugal, mas também em África, Ásia e na América do Sul.
Em Portugal encontra-se em todas as bacias hidrográficas.
De acordo com o Decreto-Lei 565/99 de 21 de Dezembro:
Anexo I – Espécie introduzida em Portugal Continental
Anexo III – Espécie de risco ecológico
MMA (ErU) – Lista preliminar de espécies exóticas invasoras cuja erradicação é urgente em Espanha (Ministério Meio Ambiente de Espanha).
Invasiber – Espécies exóticas invasoras da Península Ibérica (Ministério da Ciência e Tecnologia de Espanha).
EEA/SEBI – Lista das piores espécies exóticas invasoras que ameaçam a biodiversidade na Europa (Convenção da Biodiversidade).
Daisie – Inventário de espécies exóticas invasoras na Europa (Comissão Europeia)
É um crustáceo de água doce que apresenta uma coloração avermelhada ou acastanhada. Possui 5 patas, respira por brânquias e pode permanecer algum tempo fora de água.
Vive cerca de 2 anos.
O lagostim-vermelho-do-Louisiana foi inicialmente introduzido em Badojoz (Espanha) nos anos 70 para fins alimentares mas depressa se dispersou pelas bacias hidrográficas da Península Ibérica.
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