Bufo bufo
Mede geralmente 6 a 15 cm, embora algumas fêmeas possam atingir cerca de 22 cm. Os machos são mais pequenos, raramente ultrapassando os 10 cm.
Ocorre numa grande variedade de habitats, sendo frequente em terrenos agrícolas, zonas de montanha, montados e bosques de caducifólias. reproduz-se em massas de águas permanentes como rios de pequeno e médio tamanho, albufeiras e charcos com alguma extensão.
O sapo-comum é um animal de hábitos terrestres cuja ligação à água está limitada ao período reprodutor.
No início da Primavera, os sapos adultos migram desde o seu habitat terrestre habitual, para o seu local habitual de reprodução, onde regressam todos os anos. Os machos são os primeiros a chegar e são geralmente 5 vezes mais numerosos pelas fêmeas. As fêmeas chegam mais tarde e geralmente escolhem os machos maiores, que encontram e selecionam pelo seu canto.
Durante o acasalamento o macho agarra fortemente a fêmea, podendo ficar assim durante várias semanas. A fêmea deposita então entre 2000 e 8000 ovos esféricos e escuros, envoltos num cordão gelatinoso, enquanto o macho os fecunda. Os cordões de ovos podem atingir vários metros de comprimento.
A eclosão ocorre após 5 a 18 dias e as larvas demoram entre 2 a 4 meses a terminar a metamorfose, dependendo da temperatura da água e da disponibilidade de alimento. Quando terminam a metamorfose têm apenas 1cm de comprimento cabeça-corpo. Podem reproduzir-se a partir do terceiro ano de vida e normalmente vivem entre 7 a 10 anos, embora livres de ameaças, possam viver mais de 30.
O sapo-comum alimenta-se essencialmente de invertebrados ( centopeias, escaravelhos, moscas, borboletas, lesmas, minhocas) mas pode também ser predador de pequenos anfíbios e roedores. As larvas alimentam-se principalmente de matéria vegetal.
Encontra-se amplamente distribuído na Europa e Ásia, desde Portugal até ao Japão. Na Europa apenas está ausente da Irlanda e Ilhas mediterrânicas (excepto Sicília). Em Portugal continental é uma das espécies mais comuns distribuindo-se quase continuamente de Norte a Sul.
Este é o maior anuro da fauna portuguesa. É um animal robusto, de cabeça grande e arredondada, com focinho curto. Tem as glândulas parótidas proeminentes, ligeiramente oblíquas. Tem os olhos com pupila horizontal e íris de cor de cobre ou avermelhada.
As fêmeas podem atingir mais do dobro do tamanho dos machos. A cor da pele pode variar no mesmo animal, consoante a temperatura, a humidade e o tipo de substracto, sendo normalmente mais claros os indivíduos que se encontram em zonas húmidas.
Apesar de este ser o maior anuro português, o seus girinos são dos mais pequenos.
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