Foi emitido um alerta pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade NOVA de Lisboa (IHMT NOVA) esta quarta-feira para uma maior concentração de mosquitos nos distritos de Faro e Lisboa, nomeadamente de espécies invasoras que transmitem doenças.
O alerta resulta de dados do mosquitoWEB, um projeto de “ciência cidadã” que conta com a participação das pessoas para identificar a presença de mosquitos que transmitem a dengue e febre-amarela em regiões do país.
Elevada presença de mosquitos em “áreas urbanas com condições propícias à sua proliferação, como jardins, quintais e outros locais onde há recipientes com manutenção de águas paradas”.
O que sabemos sobre o comportamento dos mosquitos?
O mosquito adulto Aedes albopictus é pequeno, com um comprimento médio abaixo de 10 mm, variando de acordo com densidade larval e nutrientes disponíveis. As fêmeas, maiores que os machos, são identificáveis pela linha branca característica no tórax e anéis brancos nas patas traseiras
Investigações recentes mostram que fêmeas de Aedes sp. preferem colocar ovos em locais com menos competição, nomeadamente de predadores. O meio urbano oferece um habitat ideal para mosquitos, com poucos predadores, fontes de açúcar, abundância de pessoas e locais de repouso para fêmeas. Além disso, recipientes com acumulação de água constituem bons locais de depósito de ovos, mesmo com água pobre em nutrientes.
🌱 Charcos urbanos como aliados no controlo natural? Os charcos podem ser uma solução sustentável para este problema, ajudando a controlar populações de mosquitos de forma natural por promover o equilíbrio ecológico, nomeadamente com a presença de predadores como libélulas e rãs, reduzindo a dependência de químicos e biolarvicidas.
Podes ler o artigo original do jornal Público aqui (21 de Novembro de 2024).